Aplicação da NBR 14153 na segurança envolvendo máquinas

Escrito por Fernando Conci

Publicado em 17 de maio de 2021 · 6 minutos de leitura

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A NBR 14153 é fundamental para estruturação de diretrizes exigidas na NR 12. Aqui veremos como essa norma técnica da ABNT é usada na elaboração de sistema de segurança.

Portanto, proteger os operadores de máquinas é objetivo principal nos segmentos como indústria e construção civil.

Sendo assim, os órgãos fiscalizadores realizam visitas para conferir se medidas preventivas como a NBR 14153, por exemplo, são aplicadas.

A Norma Reguladora 12 é um dos instrumentos usados pelo Ministério do Trabalho a fim de regular essas atividades. Mas, é necessário ter atenção aos detalhes cobrados pela norma.

Portanto, existem as normas técnicas, elaboradas pela ABNT. Nesse quesito, parte fundamental das orientações da NR 12, estão descritas na NBR 14153. Entenda mais!

A NBR 12100 e sua aplicação na segurança de máquinas

Fundamentos da NBR 14153

Os sistemas de segurança previstos na NR 12 servem a fim de manter os trabalhadores longe dos riscos. Porém, de modo a escolher entre uma proteção fixa ou móvel, por exemplo, é necessário categorizar o risco, nesse momento, entra a NBR 14153. Contudo, de acordo com NBR 14153, tais elementos são necessários para não permitir que ao circular por zonas de perigo, os operadores se acidentem. Mas, antes de descobrir mais sobre essas categorias da NBR 14153, vale conhecer os termos e definições desenvolvidos na aplicação dessa norma, são eles:

  1. Parte de sistema de comando relacionado à segurança – é responsável pelo sinal de entrada, no qual posteriormente gera um sinal de saída na máquina;
  2. Categorias – classifica as partes de um sistema. É considerado a resistência a possíveis defeitos, bem como se comporta quando estes surgem;
  3. Segurança de sistemas de comando – ocorre quando a parte funciona durante o período projetado;
  4. Defeito – quando um componente não desenvolve mais sua função, mas é possível ser restaurada através de manutenção;
  5. Falha – é evento anterior ao defeito, e se caracteriza pela interrupção da habilidade do componente da máquina;
  6. Função de segurança de sinais de comando – é um processo no qual permite à máquina chegar a seu estado seguro de funcionamento;
  7. Pausa – paralisação temporária das funções de um maquinário;
  8. Rearme manual – capacidade de reiniciar os comandos de seguridade de um equipamento manualmente.

Sistemas de segurança

Decerto, a NBR 14153 se une às diretrizes da ABNT NBR ISO 12100 quando o assunto é zonas de perigo das máquinas. As normas convergem de modo a apontar a necessidade da análise de risco. A NBR 12100 também prevê como devem ser constituídos os sistemas, veja abaixo:

  • Proteção fixa;
  • Dispositivo mecânico;
  • Dispositivo de intertravamento;
  • Proteção móvel;
  • Dispositivo eletroeletrônico;
  • Sensores.

A NBR 14153 ainda descreve outros tipos de elementos. Contudo, somente após a apreciação de riscos, se decide o que usar. Também, é a categorização do risco no qual indica quais medidas serão aplicadas.

Categorias previstas na NBR 14153

No texto da NR 12 fica claro que após o processo de apreciação de riscos, é preciso apontar uma categoria na qual especifica os requisitos de precaução. Portanto, entre as diretrizes da NBR 14153, encontramos essa classificação. O intuito principal dessa distribuição é mostrar o que deve ser feito após a identificação de um defeito na máquina, e dependendo do grau, se adota uma ou mais categorias. Veja um pouco mais sobre essas abaixo.

Categoria B

Tida como base, é especificado que a montagem do sistema de proteção deve se estruturar nas normas técnicas relevantes, seja para uso de medidas preventivas ou a fim de projetar a máquina. Na categoria B da NBR 14153, os pontos nos quais pretende evitar são:

  • Fadiga operacional prevista;
  • Influência do material processado;
  • Influências externas relevantes.

A categoria B é sempre utilizada em conjunto com outra classificação.

Categoria 1

A categoria 1 da NBR 14153 menciona a necessidade de realizar ensaios nas partes do sistema de comando. Nesse momento, a NBR 14153 menciona que somente componentes amplamente testados são considerados seguros. Outrossim, se permite o uso de itens nos quais tenham sido construídos a partir de princípios de proteção descritos na NR 12.

Categoria 2

A NBR 14153 aqui diz da necessidade de criar intervalos de verificação na máquina, com intuito de identificar defeitos, e posteriormente, se os ajustes estão funcionando satisfatoriamente.

Categoria 3

Nesse ponto da NBR 14153, é descrito um sistema no qual deve ser projetado para que defeitos isolados não prejudiquem as funções de seguridade das máquinas. O comportamento ideal é aquele onde:

  • As funções de segurança não são atrapalhadas por um defeito isolado;
  • Mesmo se não conseguir detectar todos os defeitos, o sistema de segurança continua funcionando;
  • Caso os defeitos se acumulem e não sejam resolvidos, as funções de segurança ficam comprometidas.

Categoria 4

Nesse momento da NBR 14153, o sistema deve ter suas partes projetadas de modo que uma falha não comprometa a máquina. Por isso, nesse momento é exigido a verificação de defeitos constantemente. A seguir você vai entender como funciona na prática a aplicação das categorias da NBR 14153.

Seleção e combinação das categorias da NBR 14153

Combinando as categorias B e 1 da NBR 14153 se descreve um nível de risco, e desta forma se cria novos parâmetros de análise. Posteriormente, orienta as ações nas quais servem para corrigir defeitos e falhas, por exemplo. Esses padrões ficam mais claros em ferramentas de verificação como a disponíveis no método HRN (Hazard Rating Number – Número de Avaliação de Perigos), no qual aponta os pontos críticos da máquina. O método utiliza orientações da NBR 14153 a fim de facilitar a adequação da NR 12, seus pontos de partida são:

  1. PE (Probabilidade de Exposição);
  2. FE (Frequência de Exposição);
  3. PMP (Probabilidade de Perda Máxima);
  4. NP (Número de Pessoas Expostas ao Risco).

Sendo assim, é uma ferramenta quantitativa, ou seja, visa através de um quadro de números indicar o nível de risco de determinado equipamento ou zona de perigo oferece aos trabalhadores. Esses fatores são multiplicados, e seu produto é ligado a uma tabela de graduação, caracterizando a natureza do risco, fundamental no processo de apreciação. A tabela do método HRN vai de 0 (Aceitável) até acima de 1000 (Inaceitável). A partir dela é possível definir as alterações ou melhorias no sistema. Por fim, em alguns casos, a NR 12, sobretudo com alto risco de acidentes, solicita um diagrama ou representação esquemática do sistema. Isso permite melhor avaliação do auditor fiscal, por exemplo. Ficou com alguma dúvida sobre a NBR 14153? Acesse a norma no catálogo da ABNT ou deixe um comentário com a sua pergunta, será um prazer te ajudar!

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